Gondomar, Capital da Ourivesaria

A ourivesaria - principal atividade económica do Município -, valeu a Gondomar o título de “Capital da Ourivesaria”. A arte de trabalhar o ouro é um legado que acumula séculos de história (fruto da existência de minas de ouro na região). A Filigrana ocupa um lugar de destaque entre as criações dos ourives locais, fazendo do concelho o principal centro de produção destas joias rendilhadas.

A Filigrana é a arte de torcer dois fios, de ouro ou prata, usualmente muito finos, que são posteriormente aplicados a molduras com diversas formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado. Da fundição à peça final vai um longo caminho, passando a vara-de-ouro ou prata por um processo de estiragem, diminuição da espessura do fio resultante, seguido de um processo de batimento, cozimento e branqueamento. A minuciosa tarefa de preenchimento das molduras é, tradicionalmente, realizada por mulheres - denominadas por “enchedeiras”. Por fim, o processo de acabamento consiste em soldar todos os componentes e na concretização das operações finais de montagem.

São Cosme

Numa elevação de terreno, erguendo-se a 194 metros de altitude e muito próximo do centro de Gondomar, situa-se o Monte Crasto que foi em tempos uma fortaleza natural aproveitada pelos romanos. No topo do monte está a capela dedicada a Santo Isidoro, datada do século XVIII e o espaço envolvente é muito interessante, existindo diversos cruzeiros laterais datados de 1757 e um central de 1759.

A posição privilegiada deste miradouro natural permite alcançar vistas deslumbrantes sobre o rio Douro e outras terras desde Gaia, Porto, Matosinhos, Maia ou mesmo as serras de Santa Justa, Pias ou Flores.

Local:
Monte Crasto
Atividade:
Visita livre à Capela e Monte Crasto
Horários:
27/07 [10h00 - 12h00]
28/07 [10h00 - 12h00]
Línguas:

A Igreja Matriz de Gondomar, construída no início do séc. XVII, tem como curiosidade ter dois santos como oragos, em vez de um só. São eles os santos gémeos Cosme e Damião. Os Santos Cosme e Damião, irmãos gêmeos, morreram por volta de 300 d.C. Crê-se que foram médicos, e sua santidade é atribuída pelo motivo de terem exercido a medicina sem cobrar por isso, devotados à fé. As suas imagens em granito estão colocadas na fachada principal do edifício.

Local:
Igreja Matriz de Gondomar
Atividade:
Visita livre à Igreja
Horários:
26/07 [09h30 - 12h00]
27/07 [09h30 - 12h00]
28/07 [09h30 - 12h00]
Línguas:

O CINDOR - Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria, foi criado em 1984 com o principal objetivo de promover o ensino nas áreas da ourivesaria e a joalharia. Hoje em dia a oferta formativa desta escola inclui as seguintes áreas: Ourivesaria, Relojoaria, Design, CAD, Informática, Fotografia, Multimédia, Vitrinismo, Empreendedorismo e Inovação, Turismo, Gestão e Marketing, Comércio, Línguas Estrangeiras, Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho. O CINDOR é um dos principais parceiros na Rota da Filigrana, permitindo a divulgação desta arte e dando hipótese aos visitantes de experienciarem e fazerem uma pequena peça.

Durante as visitas, os jovens poderão participar numa Oficina de Fotografia e numa Atividade ligada à Filigrana e à Ourivesaria.

Local:
CINDOR
Atividade:
Photobooth para atividade de fotografia alusiva à joalharia; criação de um colar com pendente inspirado na Rota da Filigrana (que será oferecido ao participante)
Horários:
27/07 [10h00 - 12h00]
28/07 [10h00 - 12h00]
Línguas:
Capacidade máxima:
50/h ao mesmo tempo

O Parque Urbano de Gondomar é um espaço verde no “coração” da cidade, que contempla um lago artificial, uma zona de recreio infantil, um parque canino, uma zona de jogos de mesa, equipamentos fitness, espaços para eventos culturais, um circuito de manutenção e ainda um anfiteatro.

Alguns metros à frente, já depois da rotunda, encontra-se o Multiusos de Gondomar, uma referência da arquitetura contemporânea. Projetado pelo consagrado arquiteto Álvaro Siza Vieira, o Multiusos é um equipamento de referência na região norte sendo palco de grandes eventos.

Ao lado do Pavilhão Multiusos, tem início o Parque da Ribeira da Archeira que liga o centro de Gondomar ao rio Douro, num percurso com 2,9 quilómetros ao longo da ribeira da Archeira que alterna entre zonas de bosque denso com pequenos desníveis e zonas mais planas, onde a ribeira serpenteia entre campos agrícolas. O parque conta com uma via pedonal e uma ciclovia entre a natureza.

Ao longo do percurso nunca se deixa de ouvir o ribeiro a correr e é possível apreciar muita flora autóctone, como salgueiros, amieiros, freixos ou sabugueiros. Mas também o exótico eucalipto marca presença na paisagem, nos montes acima da ribeira. Quanto aos animais, não falta o guarda-rios, o rato-d’água e o lagarto d’água, entre outros. Com o tempo, espera-se que mais animais regressem a este ribeiro, como a lontra.

Quase no final do percurso encontra-se a Quinta do Passal. Inaugurada a 12 setembro de 2013, é uma antiga quinta agrícola requalificada no âmbito do programa Polis. Proporcionam aos visitantes jardins temáticos para observação e interpretação da natureza, parque de merendas, parques infantis, e um bosque encantado, ao que acresce um parque canino e um Centro de Aprendizagem e Reabilitação Comportamental Animal de Gondomar (CARCAG), para socialização canina com aulas periódicas. Tem ainda uma horta biológica comunitária, inaugurada em maio de 2013. Integrado na Quinta do Passal, existe o Centro de Educação Ambiental (CEA) da Quinta do Passal, equipamento público de educação ambiental para a sustentabilidade, com objetivos pedagógicos de sensibilização ambiental.

Seguindo a ribeira da Archeira, mais à frente, encontramos o Rio Douro, e é pela margem deste que se pode continuar o caminho.

Foi através do programa Polis que a zona ribeirinha de Gondomar – desde a Casa Branca do Gramido até ao Freixo, já no Porto – foi recuperada. O passadiço na marginal (Polis Valbom) proporciona uma vista panorâmica sobre o Douro e a encosta do outro lado – Avintes e Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia).

Local:
Parque Urbano de Gondomar
Atividade:
Passeio a pé

O Museu Municipal da Filigrana de Gondomar fica instalado na Casa Branca de Gramido (um solar do século XVIII onde se assinou, em 1847, a Convenção de Gramido que pôs fim à Guerra Civil da Patuleia).

Desde 2016 que este espaço acolhe uma exposição permanente de Filigrana, fruto da doação de utensílios, maquinaria e mobiliário por ourives locais, com vista a divulgar e proteger as memórias e esta arte secular.

Ao longo deste tempo, a exposição tem sido valorizada e enriquecida com novos elementos, pelo que, em 2019, procedeu-se à requalificação do espaço, com a instalação de novos suportes expositivos e equipamentos interativos.

Local:
Casa Branca de Gramido
Atividade:
Visita guiada ao museu
Horários:
26/07 [10h30 - 12h30]
27/07 [10h30 - 12h30]
28/07 [10h30 - 12h30]
Línguas:
Capacidade máxima:
20 ao mesmo tempo

Mais à frente, homenageia-se Júlio Resende, um dos maiores artistas plásticos portugueses. No Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende. A sua criação foi um dos principais projetos a que o Pintor Júlio Resende se dedicou a partir da década final do século XX e que foi constituído em 1993. Projetada pelo Arquiteto José Carlos Loureiro, foi inaugurada em 1997, na margem do Douro, em Gondomar, junto à Casa-atelier do artista, da autoria do mesmo arquiteto. Instituição privada, reconhecida de Utilidade Pública, dedica-se à preservação e à divulgação do acervo de desenhos de Júlio Resende, que é composto por mais de duas mil e quinhentas obras que o Pintor reuniu ao longo da sua carreira, iniciada nos anos 30.

A Casa-atelier de Júlio Resende foi o local de vida e obra do Pintor entre 1962 e 2011 e após a sua morte o atelier foi remodelado e aberto ao público em 2015.

Júlio Resende (1917-2011) é um dos grandes nomes do neorealismo nacional. Nasceu no Porto mas escolheu Valbom, no concelho de Gondomar, para viver e instalar o seu atelier. No Porto, destaque para o gigantesco painel de azulejos "Ribeira Negra" existente à saída do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís I, acabando este painel por se tornar um dos seus trabalhos mais reconhecidos. Em Gondomar, encontra-se um fantástico painel de azulejos, localizado mesmo no centro da freguesia de Gondomar (São Cosme). O painel pode ser apreciado no Largo do Souto, junto ao anfiteatro.

Seguindo pelo passadiço, junto ao Rio Douro, chega-se à Rotunda Freixo e logo a seguir à cidade do Porto.

Local:
Fundação Júlio Resende
Atividade:
Visita livre à Fundação
Horários:
26/07 [10h00 - 12h00]
27/07 [10h00 - 12h00]
28/07 [10h00 - 12h00]
Línguas:
Capacidade máxima:
TBD
Rio Tinto

A Estação Ferroviária de Rio Tinto constitui uma referência patrimonial no que concerne à azulejaria. Os seus painéis, datados de 1936, provenientes da Fábrica Viúva Lamego, ilustram aspetos da vida quotidiana, quer de Rio Tinto, quer da região, bem como a lenda que deu origem ao nome da freguesia. Destaca-se ainda a Igreja Paroquial, com os seus azulejos e talha dourada no interior.

Local:
Estação Ferroviária de Rio Tinto
Atividade:
Visita livre à Estação

O Parque Urbano de Rio Tinto foi o primeiro espaço verde inaugurado em 2018 no âmbito da criação da Rede Concelhia de Parques Urbanos. O espaço conta com equipamentos de lazer, lugares de estacionamento, um anfiteatro, uma esplanada, equipamentos desportivos e equipamentos caninos. Aqui tem início um caminho de 5,4 quilómetros, acessível a todos. É um passeio repleto de arvoredo, campos e hortas, acompanhado pelo burburinho do rio Tinto. Num dos troços mais bonitos, observam-se hortas caseiras e, com sorte, alguns patos a banharem-se no rio.

Local:
Parque Urbano de Rio Tinto
Atividade:
Passeio pedonal
São Pedro da Cova

Esta freguesia caracteriza-se pela indústria de extração mineira que outrora foi um polo gerador de emprego.

Instalado na antiga Casa da Malta, que servia de alojamento aos operários oriundos de outras localidades do país que trabalhavam nas minas de carvão, o Museu Mineiro quer valorizar, dinamizar e divulgar o património mineiro e geológico de São Pedro da Cova. Foi adquirido pela Junta de Freguesia nos anos 80 do século passado e aberto em 1989 (projeto do arquiteto António Madureira) como Museu Mineiro, adquirindo nova funcionalidade como centro de memórias mineiras. A coleção do Museu Mineiro de São Pedro da Cova reúne artefactos utilizados no desmonte, tratamento e expedição de carvão; fósseis vegetais e animais que representam a evolução do planeta Terra e o arquivo empresarial da Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova. É nessa freguesia que existe um raro exemplar da engenharia mineira: o Cavalete de S. Vicente, construído em 1935 e desativado desde 1970.

Local:
Casa Malta
Atividade:
Visita guiada ao Museu
Horários:
26/07 [10h00 - 11h00]
27/07 [10h00 - 12h30]
28/07 [10h00 - 12h30]
Línguas:
Capacidade máxima:
20 ao mesmo tempo